domingo, 20 de novembro de 2011

Life is my Muse

Disto eu ás vezes só sei falar
A minha vida e amor, expressar
Mas esta é a mais pura das verdades
Deidades destas nunca mais quero amar

Vida esta que nem sempre é boa
Amor este que nem sempre e verdadeiro
Onde palavras e risos que são mentiras
Não passam apenas de alegorias

Musas minhas escondidas
Para sempre ficarão perdidas
Entre as pessoas falsas
Jamais serão encontradas



quarta-feira, 9 de novembro de 2011

City

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Fez ontem uma semana que fui a Lisboa com os meus amigos. Tenho andado a evitar escrever sobre este assunto porque não sabia expressar verdadeiramente o que sentia... Claro que me diverti, sempre que estou com eles eu estou bem, mas o que mais me perturbou foram as coisas que eu vi, que apesar de já estar habituado, causam-me sempre uma dor no coração. Desde de pessoas sem abrigo a dormirem ao relento a um protesto silencioso que não entendi bem acerca do que era pois nem consegui olhar directamente para aquele homem nu coberto de tinta vermelha que tinha um gancho ao pescoço... Outra coisa que vi em Lisboa foi a enorme quantidade de pessoas que tentavam ganhar algum dinheiro a pedir nos cantos das ruas da cidade, uns que apenas se limitavam a ficar sentados ou deitados cobertos com uma manta para se protegerem do frio, sem sequer olhar nos olhos das pessoas que lhes iam deixando as suas moedas, com vergonha, e outros que por outro lado tentavam alegrar as ruas onde estavam ao proporcionar algum tipo de entretenimento. Uma mulher em particular por quem eu passei duas vezes, estava a tocar concertina na primeira vez que passei por ela, mas na segunda vez já ela estava a arrumar o instrumento dentro da mala enquanto dois policias a ameaçavam... Apesar de tudo o que vi nem tudo foi mau, o que verdadeiramente me fez ver que ainda existem pessoas que se preocupam com os outros foi um grupo de jovens que estavam a cantar todos juntos para tentar angariar algum dinheiro para reconstruir casas para idosos, infelizmente não lhes dei nenhum dinheiro porque só me apercebi do que eles estavam a fazer quando já estava longe deles, mas se eu soubesse se calhar ter-lhes-ia dado todo o dinheiro que tinha e ainda hoje arrependo-me de não ter voltado para trás para falar com eles porque são estas boas acções que mostram que nem tudo está perdido.