sábado, 23 de julho de 2011

Darkness

Vejo o abismo ao longe, parece estar ainda distante mas a cada passo que dou aproximo-me mais dele, não há volta a dar, o caminho que estou a percorrer apenas me vai levar a ele. O percurso foi rápido, cheguei á berma do precipicio mais depressa que eu pensava. Agora estou a olhar para baixo, apenas vejo escuridão e nada mais, uma escuridão sem um fim aparente. O vento bate-me nas costas empurrando-me para a frente, como se me tivesse a dizer para continuar, falta apenas o mais fácil, o ultimo passo.
Dou o ultimo passo sem pensar e sinto o meu corpo a cair, sem dor, sem agitação, este é consumido pelo mar de escuridão interminável.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

Boas acções

Estava a caminho da  minha aula de condução. Olhei para o relógio, ainda faltava bastante tempo para a aula começar então não me preocupei em andar depressa e apenas me concentrei na musica que estava a ouvir para me entreter na minha caminhada.
O vento estava a soprar com bastante força o que é bastante estranho para esta altura do ano, quase sentia que pudia levantar voou se assim quisesse... 
Ao virar uma esquina pareceu que o vento ganhou uma força ainda maior e tive de começar a forçar cada passo que dava como se tivesse a tentar empurrar uma parede enorme que tinha aparecido no meu caminho. 
No sentido oposto vinha uma senhora talvez com os seus sessenta e poucos anos a empurrar um carrinho de bebe com uma pequena criança lá dentro, persumi então que esta deveria ser a sua neta. De repente veio uma rajada de vento do sentido em que eu estava a ir que arrebatou o pequeno chapeu branco que a menina estava a usar e lançou-o para trás da senhora. Esta olhou para trás e deu um passo na direcção do chapeu, continuando a agarrar o carrinho com uma mão, mas este começou a arrastar-se para cada vez mais longe e mais depressa dela devido á força do vento, ela olhou rapidamente para a menina, não querendo largar o carrinho para ir atrás de uma coisa tão banal e correr o risco de deixar a sua neta.
A senhora murmurou algo que eu não consegui ouvir devido á musica. O meu corpo moveu-se institivamente e corri atrás do chapeu da menina, conseguindo apanha-lo antes de este ir para debaixo que um carro que estava estacionado junto ao passeio. Voltei para trás e corri na direcção da senhora com o braço esticado para lhe dar o chapeu da neta. Ao recebe-lo desta vez eu consegui ouvir um tenue "obrigada" mesmo com a musica a bater-me no ouvidos e eu respondi-lhe "de nada" com um sorriso na cara e a senhora voltou-me a agradeçer mais uma vez também ela com um grande sorriso.
Ao virar-me as costas eu retomei a minha caminhada e pensei "Aqui esta a minha boa ação do dia".

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Words of a madman

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I feel empty inside, my imagination is gone. I can’t write those love poems I used to write a long time ago, I don’t feel inspired by anything anymore. Sometimes I look back at what I’ve written and I think how, how did I write this, it seems impossible to me now. My soul is empty and I can’t feel those words flowing through it anymore.
My mind is full of nothing, and nothing is what I can only write now…

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Memories

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Imagens antigas e gastas pelo tempo, recortadas e rabiscadas pelas pessoas que nelas desempenham o papel principal, espalhadas pela minha mente, nunca permanecem iguais e vão-se sempre alterando, deteriorando ou chegando mesmo até a desaparecer, sempre que nova informação entra dentro desta. Eu tento agarrar-me a elas com toda a minha força, nunca querendo esquecer a alegria que estas me proporcionam, então vou coleccionado objectos que mas fazem recordar, ou tento apagar as más, que só ocupam lugar, ao pensar sempre nas boas. Boas ou más, elas vão se aconchegando dentro de nós e acabam por adormecer, até as voltarmos a acordar sempre que são precisas, sempre que as temos de recordar.